Sujeito Recebe mais de R$ 200 mil por ser Acusado de Comer Hambúrgueres

Um refugiado da minoria tâmil do Sri Lanka que fez uma greve de fome na Grã-Bretanha em 2009 vai receber 77,5 mil libras (cerca de R$ 213 mil) de indenização devido a alegações de tabloides britânicos de que ele teria comido hambúrgueres durante seu protesto.
De acordo com a Suprema Corte britânica, os artigos nos jornais Daily Mail e The Sun atingiram a integridade do refugiado Parameswaran Subramanyam e de seu protesto.
"Os últimos oito meses foram um peso insuportável em minha vida, até o ponto em que, algumas vezes, pensei na ideia de suicídio", disse o refugiado.
O tâmil do Sri Lanka iniciou seu protesto de 23 dias em frente ao Parlamento britânico em Londres no dia 7 de abril de 2009 para tentar chamar a atenção para a situação dos membros da minoria tâmil no Sri Lanka.
Depois de encerrar sua greve de fome, Subramanyam foi levado para um hospital de Londres onde ficou internado por cinco dias.
Seis meses depois, o Daily Mail e o The Sun publicaram artigos nos quais alegavam que equipamentos especiais de monitoramento flagraram o refugiado comendo sanduíches do McDonald"s em segredo e que Subramanyam tinha levado à polícia britânica a desperdiçar uma fortuna em dinheiro público.
"Como resultado das mentiras que os jornais publicaram a meu respeito perdi amigos, membros de minha família se afastaram e fui completamente isolado da comunidade tâmil", afirmou Subramanyam, depois da divulgação do veredicto.
"Senti que tinha uma responsabilidade para com todos os que me apoiaram durante a greve de fome e foram prejudicados pela associação comigo, de entrar com um processo contra os dois jornais para provar que as alegações publicadas eram falsas", afirmou.
O superintendente da Polícia Metropolitana de Londres, que era responsável pela operação na praça do Parlamento, confirmou que não existia nenhuma equipe de vigilância da polícia usando "equipamento especializado em monitoramento" e que não existe nenhum vídeo mostrando o refugiado comendo.
Os jornais pediram desculpas e alegaram que publicaram o artigo de boa-fé, baseado em informações que, naquele momento, eles julgaram ser confiáveis.
Victoria Jolliffe, advogada dos grupos de mídia News Group Newspapers e Associated Newspapers, afirmou que os tabloides retiraram todas as alegações e pediram desculpas sinceramente por toda a dor e sofrimento que causaram.
"O The Sun concordou em pagar 30 mil libras (cerca de R$ 82 mil) de indenização e o Daily Mail vai pagar 47,5 mil libras (mais de R$ 130 mil)", disse o advogado do tâmil, Magnus Boyd.








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